quarta-feira, 23 de março de 2011

Uma historia de superação e muita fé em Deus

    
 
A reportagem do Jornal Regional e do Site Varjota em Destaque, através do nosso companheiro Roberto Lira, em parceria com os blogs do Eduardo de Croatá dos Martins e do Edilsinho de Reriutaba, esteve neste domingo (20/03/11), na vizinha cidade de Pires Ferreira.
O objetivo foi visitar e entrevistar o agricultor Luís Hélio Mendonça da Silva, 49 anos, residente no centro daquela cidade. Casado, pai de 3 filhos, ele também era pedreiro e muito conhecido como jogador de futebol amador. Ele é acima de tudo um vitorioso, um vencedor.
Como podemos ler na matéria a seguir, o Diário do Nordeste registrou 22, mas ao todo foram 51 dias que Luís Hélio ficou literalmente com o coração na mão (artificial).
Leia, veja as fotos e ouça a seguir a entrevista impressionante:


À ESPERA DE TRANSPLANTE (25/8/2010)
Paciente está há 22 dias com coração artificial

Melhora sobrevida: com o aparelho, Luiz Hélio Mendonça caminha e se exercita em uma bicicleta ergométrica, surpreendendo cardiologistas do Hospital de Messejana
VIVIANE PINHEIRO
25/8/2010
Cerca de 60% dos pacientes que esperam por um transplante do órgão no Ceará chegam a óbito
Devido a problemas no coração desencadeados pela doença de Chagas, o agricultor Luiz Hélio Mendonça não pensou que chegaria aos 52 anos. Mas não só chegou, como está bem, caminhando, exercitando-se em uma bicicleta ergométrica e surpreendendo cardiologistas do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital do Coração de Messejana). Hoje faz 22 dias que ele está com um coração artificial, feito inédito no Brasil e que desafia a ciência.
Antes do agricultor, ninguém no País havia passado mais de 15 dias com o aparelho ou com quadro clínico semelhante durante tanto tempo. "Eu estava muito fraco, já tinha até esquecido como era ter uma vida normal. Agora, com esse aparelho, me sinto vivo de novo, posso até me exercitar. Fiquei surpreso, pois não esperava que era tão bom assim", comemora.
Sentado no leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Coronariana e cercado de cuidados, literalmente com o coração nas mãos, Luiz Hélio segurava, ontem, o parelho que o mantinha vivo. Com ele, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), mais oito pessoas, no Ceará, aguardam por um transplante de coração e outras seis estão em avaliação para entrar na fila de espera. De janeiro até ontem, 12 cirurgias foram realizadas no Estado.
Segundo dados do Hospital do Coração de Messejana, o dispositivo de assistência ventricular mecânica, o "coração artificial", foi implantado na unidade em 2008. Desde então, cinco aparelhos foram utilizados. Conforme João David de Sousa Neto, coordenador da unidade de transplante do Hospital de Messejana, o implante do coração artificial ameniza a ansiedade dos médicos no decorrer da espera. Afinal, segundo ele, a fila de espera por um coração é ingrata, e nem todos os pacientes conseguem sobreviver até receber o órgão.
Contudo, o uso da tecnologia dos ventrículos artificiais poderá dar uma chance a esses pacientes de terem uma melhor sobrevida. "No Ceará, mesmo tendo diminuído o tempo de espera por um transplante, o paciente ainda aguarda cerca de três meses por uma cirurgia. Além disso, há três semanas, o Hospital de Messejana não realiza cirurgias do tipo", relata.
Conforme ele, o sucesso do aparelho deve diminuir o número de óbitos de pacientes que esperam por um transplante, o qual considera elevado. "O paciente em fila de transplante de coração no Estado, ainda se depara com um percentual de óbito que chega a atingir 60% dos casos", ressalta.
O coordenador cirúrgico da Unidade de Transplante Cardíaco do Hospital de Messejana, Ruan Mejia, explica que a ideia do coração artificial é dar uma chance aos pacientes candidatos a transplante, que precisam ser internados e não conseguem melhorar com o uso de medicamentos. O aparelho só é implantado em pessoas que morrerão em horas ou dias se não aparecer um doador compatível.
Para o cardiologista, os pacientes que se submeterem ao implante de coração artificial antes da cirurgia podem ter mais chances de sucesso, pois, por meio do aparelho, os rins voltam a funcionar adequadamente, o fígado volta a fabricar as proteínas, e os pulmões são descongestionados. "A ideia é colocar essas maquinas como ponte para transplantes, mantendo-os vivos e junto com isso melhorar a condição clínica do paciente", afirma.
Caso
Sobre o implante de Luiz Hélio Mendonça, ele explica que o agricultor é o paciente que está há mais tempo com esse sistema em relação a outros quatro que já se submeteram a técnica no hospital. Ele conta que dos cinco pacientes que receberam o implante, três chegaram a ser transplantados em um intervalo de sete a 15 dias, e um deles não suportou à espera. "É possível ver uma melhora significativa no paciente, que apesar de estar desnutrido deve chegar ao ponto ótimo", afirma.
O cardiologista acrescenta que o sistema só é implantado quando os pacientes estão em estado gravíssimo, como é o caso do agricultor. Ele explica que o único sistema disponível no Brasil ainda é o aparelho que sai do corpo, mas atualmente já existe um sistema interno. Nesses casos, o paciente pode até ficar em casa com o aparelho.
Parte do dispositivo de assistência ventricular mecânica foi comprado pelo Governo do Estado e a outra com ajuda da sociedade. "Essa iniciativa é do programa de transplante do Hospital de Messejana".
Fonte: VARJOTA EM DESTAQUE.COM E JORNAL REGIONAL COM ROBERTO LIRA.

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