Os católicos estão prestes a viver, dia 1º de maio, um momento que só foi repetido na Idade Média: o Papa Bento XVI presidirá a beatificação de seu antecessor, João Paulo II, morto em 2005, abrindo caminho para o polonês se tornar santo posteriormente.
O último Papa era tão querido que a Igreja preparou para a ocasião cerimônia especial, com uma particularidade: a presença do corpo do pontífice na missa, devido ao clamor popular.Marcada para o dia 29, a exumação de João Paulo II é um dos pontos da celebração que mais tem despertado a curiosidade dos fiéis. Segundo o teólogo Jesus Hortal, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), não é obrigatório o corpo estar presente nas cerimônias de beatificação. “No caso de João Paulo II, a decisão de ter o caixão presente se justifica pelo grande clamor popular pela santificação dele”, diz.
Ainda não foi divulgado onde ficará o caixão, mas não deve ser em cima do altar, que será montado em anexo à Praça de São Pedro, no Vaticano. Hortal também esclarece que cerimônias de beatificação não são muito diferentes de missas e outras celebrações, mas têm um momento especial. “Ela só tem que, obrigatoriamente, conter a leitura da carta episcopal com o rito da beatificação.”
O Vaticano declarou estar preparado para receber até 1 milhão de fiéis. O número estimado de peregrinos, entretanto, está em torno dos 300 mil. A Santa Sé distribuirá água e alimentação para muitos. Só para oferecer a comunhão, haverá 800 padres. Mesmo assim, para quem não conseguir receber o sacramento haverá outra missa.
A cerimônia será presidida pelo Papa Bento XVI e terá testemunhos do cardeal Stanislao Dziwisz, que por quase 40 anos foi secretário do papa polonês; Joaquín Navarro-Valls, porta-voz da Santa Sé na época de João Paulo II; e Marie Simon Pierre Normand, freira francesa curada pela intercessão do futuro beato. No dia 2, haverá uma missa de ação de graças presidida pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
Fonte:Odia.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário